INCONTROLÁVEL
Não se pode conter a tempestade ,
Nem se detém um raio em seu caminho.
Não se controla um rio, quando invade,
A imensidão do mar, em torvelinho.
Como então controlar essa ansiedade
Dos nossos corpos, em busca de carinho?
Não podemos negar essa verdade
Pois, sentimos na carne, tal espinho...
Segurar um vulcão, quando se assanha,
Nem a rocha consegue essa façanha;
Como aplacar em nós esse desejo?
Não podemos mover essa montanha
Pois não temos em nós, força tamanha...
Da-me tua mão, teu corpo e um longo beijo.
H. Siqueira. 1990.