O poema entremundos

Oh majestade que reside num tempo sem fim,

De um canto vejo-te ilhada por uma frota,

De outro, vejo-te munida do que nos dará fim,

De outro, vejo-te com a ganância toda...

Se num momento emites um rugido,

Eu vejo que serás escárnio;

Se num momento mostra-te majestosamente, medo

Me privaria de escrever sobre ti algo sério...

Por isso, vejo-te num infinito nível da cadeia alimentar,

De onde predas e devoras com insaciedade

Os povos dos países em que tu mandas...

Então, vês sem amor nem compaixão a amedrontar

Aqueles que fogem do leão e, com insanidade,

Deseja como todo mundo morar pelas tuas bandas...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 03/10/2015
Reeditado em 03/10/2015
Código do texto: T5403496
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