ÀS TUAS PORTAS INCÓLUMES

Musa do beijo que nos encaixa

Pólvora pura, pavio do desejo

Queima-me inclemente os membros

Fixa-me tuas memórias na carne sobressaltada.

Mesmo sendo íntimo do teu amor

A cada visita ao teu corpo

Minha insígnia refestela-se na tua ávida carne

A melodia, o licor, a renovação arrebatada pela paixão.

O coletivo dos meus sentidos, à tua vontade insubmissa;

Em resposta à busca dos bons-bocados

Deixo-te meu gosto.

Abro tuas portas incólumes

Tomo o que é meu desde os teus lapidados pés

Degusto pródigas revelações de quem quer ser sempre redescoberta.

Marcelo Nazário
Enviado por Marcelo Nazário em 03/10/2015
Reeditado em 12/03/2018
Código do texto: T5403478
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