Soneto da desilusão

Por favor, quando eu ligar, não atenda!

Não me mande mais nenhuma mensagem!

Não me iluda de novo e compreenda,

essa não foi apenas uma viagem.

O que sofro, eu calo nessas entrelinhas.

Minha angústia resume o que tenho passado.

Acreditei em coisas que nunca foram minhas

e agora me sinto como um tolo abandonado.

Experiência que se desfez ante a possibilidade,

desejos que pareciam suprir cada necessidade,

e no fundo, cada vez, eu estava mais perdido.

Foram tão grandes o engano e a iniquidade,

anulando meus planos com a realidade,

que nem sei se vivi o que tenho vivido...

SATURNO
Enviado por SATURNO em 25/06/2007
Reeditado em 26/07/2013
Código do texto: T540308
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