Vós sábios no sonhar, tolos mortais
Vós sábios no sonhar, tolos mortais
Enchendo a vossa alma de quimera
De sonhos, utopia que venera
Lançando a sua sorte aos canibais
Escravo junto ao pé dos comensais
Julgando estar vivendo uma primavera
O agrado é armadilha, boca de fera
Pra seu gemido entreter os imortais
Que liberdade habita nas algemas?
Aprisionando a alma na cadeia
A sorte fez se canto de sereia
Te induziu em um pérfido estratagema
E quanto mais se sonha, mais se enleia
Há de penar as dores mais supremas