Talvez nada.

Talvez o fim para se ter um começo

Ou quem sabe a luz na escuridão

O mundo perdera de vez seu jeito

Toda a humanidade o meu apreço...

E a vida, a minha terna admiração...

Mas, não deixo de viver, irresignado.

Porque é em verdade meu maior legado,

Ser tão contraditório que chego a ser contradição.

Minha inconstância nunca se tem termo.

De fato, não conseguem ser comigo verdadeiros!

Eu odeio qualquer tipo de falsificação.

De pronto, eu me calo, não mais falo...

É que calado sou em verdade um poeta.

E escrevendo, me falta definição, talvez nada.

NUNES, Elisérgio.

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 01/10/2015
Código do texto: T5401367
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