CARNAVAL
CARNAVAL
Os sentidos governem a ébria mente,
Que sujeita ao apetite mais carnal,
Tenta, desde o pecado original,
Reencontrar-se no gozo tão-somente.
Se à alegria não se é indiferente,
Hoje eufórico grito: -- "É carnaval!"
Seria uma experiência espiritual
Se não excessos d'uma alma indolente.
Álcool, água-de-cheiro, suor, saliva...
À pele ardendo nua em brasa viva
C'o sangue a correr quente pelas veias.
Eu brinco, pulo, caio e me levanto:
'Stou todo transtornado, mas de encanto,
Perdido de desejo em ruas cheias.
Ouro Preto - 20 02 2012