Quis fazer um céu

Então risquei em azul um espaço sem muretas,

Pensei em algo infinito de um colorido perfeito,

Fiz confins em nuanças, quase se via borboletas,

Exigi tudo de mim, que a lua não tivesse defeito.

E o lápis azul não deu, pois era tanta coloração,

Com o lápis laranja derramei nos entardeceres,

Com a cinza pintei as cavidades de precipitação,

E os meus pensamentos em ventos e quereres.

Azul claro e verdoso; pintei cada gota de chuva,

Peguei o restante da caixa e arco-íris; desenhei,

Meus olhos se depararam com lágrimas, chorei!

O amarelo sol; trovões pretos e relâmpagos uva,

Nuvem solta tal qual almofada, não quis detê-la,

Espero-te nas noites e sonho-te a minha estrela.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 29/09/2015
Código do texto: T5398975
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