A LIBERTAÇÃO DA ALMA

Numa noite em que o céu de lua cheia

Estava, ouvi cantar um belo galo,

Na luz que já teimava em encantá-lo

Assim tão de repente. Eu só olhei-a

De canto, e logo despertou-me a veia

Poética, em forma de um violento estalo,

Do qual tentei apenas acabá-lo,

E assim a alma em poesia, libertei-a!

Pois de ideias na mente me empanturro,

Como se eu fosse então um sábio velho,

Que um dia, enfim, largou de ser um burro...

Já que vejo o meu rosto num espelho

Onde o tempo revela a tal fraqueza

De ser um homem de esperança acesa.

Ângelo Augusto.

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 29/09/2015
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