O meu enterro
Tu deves assistir ao meu enterro,
Derramo a escuridão do meu luzir...
Não consigo sorrir e odeio rir,
Falecer é o desejo que eu tenho o erro.
Escureço, lamento e agora cerro...
Que em mim hei de sangrar para o jardim,
Numa necessidade do meu fim,
Sangrar é o coração que molha o berro.
Afagar é o carinho que me aperta,
O Ceifeiro me abraça fortemente...
Ah cheio da emoção perfeita e certa!
Sinto a dor insofrível entre a vida,
Eu quero escurecer que a noite sente...
Sou uma podridão vil e perdida.
Lucas Munhoz - (29/09/2015)