Paixão o donaire dos meus cantares
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Em pensamento viajo ao dia em que a conheci,
Ela vestia cinza, num porta-se de donaires,
Uma beleza surreal, tal qual uma pintura de Dalí.
Trazia no olhar encantador, o brilho de antares.
Seu sorriso transformou em alegria os meus ares,
Sua voz fez tão suave, a mais canora que eu ouvi,
E desde então me vejo navegando estranhos mares.
Capitaneado pela leda paixão, sem razão a per si.
E ao quedar-me sozinho ponha-me a pensar em ti,
E no mundo do pensar equilibro os meus pesares,
De uma paixão viva, mas que eu ainda não vivi.
Paixão que é a razão dos meus caros cantares.
Que nasceu naquele dia em que diferente a vi.
Uma paixão que se revelou em simples olhares.
(Molivars).