PRESSENTIMENTO

Este soneto escrevi para a

minha filha, Micheli, que foi morar

em Córdoba (Argentina) e deixou

por aqui esse PRESSENTIMENTO

de que vai voltar a qualquer

momento...

Na rua, da janela do terraço,

Vejo as folhas que dormem ao relento

E, na sombra da noite, ouço um passo,

Se aproximando ao sabor do vento...

Meus olhos, já tão ébrios de cansaço,

Ensaiam um breve contentamento...

E chego a imaginar aquele abraço,

Mas foi apenas um pressentimento...

A rua continua ainda deserta,

Mas minha sorte, agora, tão incerta,

Me obriga a esperar nessa janela.

Talvez, um vulto dobre aquela esquina,

E alguém possa surgir entre a neblina

E eu grite de emoção: AGORA É ELA!!!

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 27/09/2015
Reeditado em 07/12/2015
Código do texto: T5396342
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