Calmaria

Domingo de muita calmaria,

nem barulho, nem ventania,

somente a brisa leve de agosto

que teima em acariciar meu rosto.

Na luta do vento e pensamento

paro, penso um momento

no amor infinito que findou assim,

restando a solidão em mim.

Como testemunha do meu pranto

somente o ceu e o firmamento

no rosto o vento como acalanto.

Os versos tristes que escrevo agora

ajudam a esquecer o amor de outrora

vencer a solidão que em minha vida mora.

Autora: Iracema Patrício