DESPEDIDA
Quisera eu, ao ir-me desta vida
Saber-me tua alma gêmea e amante
Levar comigo a flor mais consentida
Eternizando o amor, nesse instante.
Com olhos rasos regues minha ida
E em vida vivas inferno de Dante...
Se te condóis a dor da despedida
Perdoe aos céus, o amor não foi bastante.
És minh'alma gêmea, meu amor primeiro
Marca meus lábios com teu desejo
Ainda que seja o selo derradeiro.
Quem sabe, então, eu não terei a sorte
De ir feliz com o gosto de teu beijo?...
Se for possível transcender a morte!
Para o texto: "Soneto Pela Alma Gêmea
... Se Houver!"
Do poetAMIGO PUETALÓIDE
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5393023