E QUEM ERA EU AFINAL?
E QUEM ERA EU AFINAL?
Pela Terra do Nunca andava a passos lentos,
Sem saber até onde a estrada me levava.
Confesso que antes jamais tive tais intentos,
Em meio a floreta esse caminho cruzava.
Em uma clareira ouvi o gemer dos ventos,
Bebi água da fonte que ali borbulhava.
Molhando a fronte para afastar pensamentos,
Mas muitos lamentos de animais escutava.
Pequeno Gnomo da árvore sorria,
Espírito da mata segredos guardando.
E quem era eu afinal naquele dia?
Nem a idade ou meu nome sequer eu sabia,
Pois nas asas do tempo me vi levitando,
Tristeza ou cansaço já não mais existia.