Meu amigo galgo
Agora, o que me resta entre os dias e as noites...
São prosas oriundas, de um pensamento e outro!
Que às vezes é de saudades, fluindo aos deleites,
De um amor fortuno que se foi, feito a um sopro.
Agora, a chuva cai e dimana para seu destino,
Eu velo meu cão, que velas também por mim.
E que agora anseia, feito o tempo em desatino,
Sem auroras ou, tardinhas. Sem culpas do fim.
O cheiro flóreo do jardim é alento ao sentido,
Que vaga pela memória balbuciando incontido,
Lembranças ternas, de uma risonha vitória.
Sobre o findado momento, de um olhar sentido.
O galgo late! Entretido, ao silêncio aqui apreendido,
De quem sente também, o peso de sua história.
........... “ Catarino Salvador “.