Meu amigo galgo

Agora, o que me resta entre os dias e as noites...

São prosas oriundas, de um pensamento e outro!

Que às vezes é de saudades, fluindo aos deleites,

De um amor fortuno que se foi, feito a um sopro.

Agora, a chuva cai e dimana para seu destino,

Eu velo meu cão, que velas também por mim.

E que agora anseia, feito o tempo em desatino,

Sem auroras ou, tardinhas. Sem culpas do fim.

O cheiro flóreo do jardim é alento ao sentido,

Que vaga pela memória balbuciando incontido,

Lembranças ternas, de uma risonha vitória.

Sobre o findado momento, de um olhar sentido.

O galgo late! Entretido, ao silêncio aqui apreendido,

De quem sente também, o peso de sua história.

........... “ Catarino Salvador “.

Catarino Salvador
Enviado por Catarino Salvador em 25/09/2015
Reeditado em 12/03/2024
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