Minha moda eu crio

Nas passarelas da vida faço minha estação,

Calço na cara sorriso de fivela destravada,

Visto na alma a mesma estampa do coração,

Nos olhos uso brilho de forma extrapolada.

Desfilo humor em longas passadas e abuso,

Nos cabelos a nuança que o vento acaricia,

A adulteração na minha estética eu não uso,

E a balança não desdenha, nem faz gritaria.

Na boca verbo bonito e pulsa no rosto a luz,

Lábios escancaram muito mais que holofote,

Essência despida, em tendência para o mote.

Na flor da pele a poesia, impresso que seduz,

Não moldo primavera e muito menos o estio,

Outono-me no inverno, a minha moda eu crio.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 25/09/2015
Código do texto: T5394030
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