Verso augusto
Quando curar meu coração aflito
O verso augusto de uma poesia,
Eu o terei como um clarão bendito
Lambendo o breu da solidão sombria
Que me acompanha à saga de agonia
Como fizesse do meu choro um rito,
E o deixarei em meio à sacristia
Todo adornado, célebre, erudito...
Eu fico, agora, a pressupor sozinho
Que ele será um verso simplesinho,
Mas estará na mente qual gatilho.
Vem-me uma luz em duas estruturas:
"Tudo tem cura na vida, meu filho."
"Tudo na vida, filho meu, tem cura"