Na cadência.
Eis o verso a querer-me na cadência
Com tenencia ajustada a seu gosto
Mesmo exposto, esquecido da aparência;
Paciência! Eu preciso estar disposto.
Quero o rosto do que rimo, sem dormência.
Continência? Já pensei deixar o posto.
Não aposto no verso sem sequência
Quero urgência para ver chegar agosto.
Meu desgosto é perder vontade à rima.
Desanima a poesia que não expele,
Não aquarele o que vem à flor da pele
Não revele o que só se vê de cima.
Que a prima volte com graça e sonho
Pois me oponho se o clima é enfadonho.
Josérobertopalácio