O poeta torna o travo em trovas de amor.
Na suficiência completa do existir,
Eu vivo o doce e o travo da paixão.
Doce ela se faz se a deixo fluir,
Amarga ela é se a guardo no coração.
E de doçura e amargor flui o amor,
Doce se amamos só pela alegria,
Amargo se amarmos pelo penhor,
Num arresto, que beira a tirania.
E em doce e travor, vejo-me resumir,
Desfrutando da mais cara emoção.
Que transforma todo o meu sentir.
E deste raro sabor transformador.
Saboreio o doce vida com euforia,
Tornando travo em trovas de amor.
(Molivars).