O poeta torna o travo em trovas de amor.

Na suficiência completa do existir,

Eu vivo o doce e o travo da paixão.

Doce ela se faz se a deixo fluir,

Amarga ela é se a guardo no coração.

E de doçura e amargor flui o amor,

Doce se amamos só pela alegria,

Amargo se amarmos pelo penhor,

Num arresto, que beira a tirania.

E em doce e travor, vejo-me resumir,

Desfrutando da mais cara emoção.

Que transforma todo o meu sentir.

E deste raro sabor transformador.

Saboreio o doce vida com euforia,

Tornando travo em trovas de amor.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 22/09/2015
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