Ápice de vida
Atrevido, já nem mesmo temo a morte,
Vejo-a como o corolário de toda uma vida,
Que sempre assumi de frente e, com sorte,
Nela encontrei a mulher amada, na amiga.
Destemido, lancei-me sempre em busca
De seus mais profundos e recônditos tesouros,
Sem que me cegasse pelo brilho que ofusca,
Colhi, do mundo, mais piritas do que ouro.
Cansado, ao concluir esta minha caminhada,
Olho para trás, para toda vereda percorrida,
Tenho tanto a agradecer, benção alcançada.
Só me resta, agora, talvez, como último adeus,
Ápice de quem teve toda uma vida bem vivida,
Que me seja permitido fenecer nos braços teus.
Atrevido, já nem mesmo temo a morte,
Vejo-a como o corolário de toda uma vida,
Que sempre assumi de frente e, com sorte,
Nela encontrei a mulher amada, na amiga.
Destemido, lancei-me sempre em busca
De seus mais profundos e recônditos tesouros,
Sem que me cegasse pelo brilho que ofusca,
Colhi, do mundo, mais piritas do que ouro.
Cansado, ao concluir esta minha caminhada,
Olho para trás, para toda vereda percorrida,
Tenho tanto a agradecer, benção alcançada.
Só me resta, agora, talvez, como último adeus,
Ápice de quem teve toda uma vida bem vivida,
Que me seja permitido fenecer nos braços teus.