ODE À ÁRVORE
Seja abençoada sua terra triste!
Berço de tantas vitais sementes,
E que sob milagrosa chuva em riste...
Germinem dentre todo fogo ardente,
Das matas que abandonam os rios
Em frouxos prantos ciliares
Ressuscitem tuas fiéis raízes...
Que nos devolvam a água aos mares!
Das folhas idas, ferruginosas
Já ressequidas pela negligência...
Ressurja o verde dentre as rochosas,
Empedernidas inconsciências!
E dos teus, enfim, frondosos braços
Ressurjam a sombra e o ar do abraço.