NOSFERATU
Humanos buscam mordidas e gracejos
Da fera obtusa, rival do dia,
E ineficaz como a profilaxia
Dos bocejos, é não sentir os desejos.
Portanto, fique nas sombras! Almejo...
Distância da boca que beberia,
No jantar, como rara iguaria,
O sangue das carótidas, num cortejo.
Pallor mortis acentuado. Morto!
Mas, fala, anda e seduz, num lampejo
De quase-vida, na qual conta máculas.
A ordem do pecado é simples: o despejo
Da alma. Deixa o homem semimorto,
E absorto, e triste, como o Conde Drácula.