Os doentios IX

IX

Ao meu auto-retrato,

Sou uma treva e escrevo a morte sem sorriso,

Eu sangro o coração no peito e já respiro!

Sendo jovem e triste assim no choro liso,

Mas sem nenhum amor igual ao grande tiro...

Em dramatismo ignoto e perdão que eu preciso,

Serei sangrentamente imundo sem suspiro!

Nunca tenho a alegria e a amizade do riso,

Que eu posso horrorizar a maldição e atiro.

Só prefiro morrer inda macabramente

Com enterro jazido e dor sempre sangrada...

Sou um homem da cova e do furor, quem sente?

Quem sabes lamentar comigo e não me esqueces,

Reza profundamente em dias da noitada!

Que precisas rezar e chorar entre as preces.

Autor: Lucas Munhoz - (16/09/2015)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 16/09/2015
Reeditado em 24/03/2016
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