Tua alma é tão densa, nebulosa
Tua alma é tão densa, nebulosa
Cercada de armadilha e trincheira
As almas que investem-te na beira
Se perde em tua essência misteriosa
Eu numa estrada árida, pesadora
Pisando em cascalhos e poeira
Te vendo estremeceu-me a alma inteira
Com tua graça oculta e silenciosa
Mas vejo-te em um mundo tão disperso
Distante, isolado, nebuloso, secreto
Sequer me viu ou ouviu algo de mim
E eu sofro deste triste desafeto
Sofrendo os flagelos mais diversos
Averso a íntegra torre de marfim