ABELHA

ABELHA

Saudades de morder a tua língua;

Seus fluidos com o desejo que não míngua,

Deixando que penetres meu olhar

Com a Lua dos teus olhos a brilhar...

Meus dedos incrustados em tuas costas,

Tua boca a murmurar o quanto gostas

Sem fim destes carinhos tão carnais,

Que lambem a tua vida e dão-te a paz...

Saudades de ouvir os teus gemidos

Vorazes, encharcados de libidos,

Rogando a mim que nunca chegue ao fim...

Vou escrever-te um verso bem sincero

Dizendo-te que mais e mais te quero;

Abelha do meu pólen em meu jardim...

Arão Filho

Chácara Chapéu de Palha

São José de Ribamar-MA, 15 de setembro de 2015