Soneto para o Trabalhador (em redondilhas maiores)
Cidade quase acordando
Espreguiçar pachorrento
Já tem gente trabalhando
Misturam areia e cimento
Sentados pelas calçadas
Encostados na parede
As marmitas requentadas
Pra matar a fome e a sede
Venha chuva, venha vento
Na eterna luta diária
Alguns dormem ao relento
Ligeira voa cada hora
Noutra noite solitária
Sem um sonho de melhora