VÁRIOS SONETOS (25)

D E L E I T E

Há dias eu andava doidinho

para cometer um soneto,

algo forte como o analeto,

o deleite mesmo dum versinho.

Como a tecer um epinício

fui então tergiversando,

o verbo-matéria buscando

para alimentar o meu vício.

Neste bom querer querendo

o meu verso foi acontecendo

e logo vibrei a versejar,

É que as delícias-doçura

a gente somente captura

no silêncio a filosofar.