Escuta-me, amigo!
Por mais que me desprezes,
Tu és a minha bruma da verdade.
Continua em meus pensamentos e preces,
A tua existência me traz vitalidade.
Te encontrava sempre sentado nos mesmos bancos,
Quando conversávamos me ensinava em sorrisos tantos.
Ainda mostra-se menino mesmo de cabelos brancos,
Criatura que me faz sentir o que não sentia há anos.
Se ainda tens compaixão, ouça minhas preces,
Finges que nunca existi e me esqueces,
Por isso há uma semana padeço de dor.
Amigo, queria tanto que me afagasse de fato,
Enquanto isso não acontece fico olhando o teu retrato,
No meu quarto frio, onde antes morava o ardor.