Escuta-me, amigo!

Por mais que me desprezes,

Tu és a minha bruma da verdade.

Continua em meus pensamentos e preces,

A tua existência me traz vitalidade.

Te encontrava sempre sentado nos mesmos bancos,

Quando conversávamos me ensinava em sorrisos tantos.

Ainda mostra-se menino mesmo de cabelos brancos,

Criatura que me faz sentir o que não sentia há anos.

Se ainda tens compaixão, ouça minhas preces,

Finges que nunca existi e me esqueces,

Por isso há uma semana padeço de dor.

Amigo, queria tanto que me afagasse de fato,

Enquanto isso não acontece fico olhando o teu retrato,

No meu quarto frio, onde antes morava o ardor.

Ranyelle Augusta
Enviado por Ranyelle Augusta em 12/09/2015
Reeditado em 12/09/2015
Código do texto: T5379861
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