Soneto inutil escuridão

Sim, a fantasia reinou em meus pensamentos

Os quais sempre perdidos e sem rumo

Não traçam rotas além da escuridão

Tão pouco, além de meu olhar perdido!

Uma névoa paira em minha luz

Desfocando e escurecendo o céu azul

Tornando cinzas os pingos de esperança

Abastecendo o frio combustível, solidão!

O ventar de gelo que resseca meu rosto

A cada dia esfria mais meus desejos

E, novamente, repousarei no breu!

Ao anoitecer, vi o ocultar das estrelas

Que mesmo estando a meu alcance ocular

Vi apenas a inútil escuridão!