Da semente da paixão nasce o amor.
A flor graciosa traz consigo a semente,
Da graciosidade do minúsculo embrião.
Que surgirá alegre para vida de repente.
Numa intrincada, mas graciosa explosão.
Assim é a paixão, com o olhar vem o grão,
Que no solo indefeso implanta-se agilmente.
E em meio ao não, aflora a obstinada paixão.
E sem arrepeso, faz do peito um servente.
E este a servirá mesmo que a razão diga não.
E da sinfonia da qual a paixão é a regente.
Ouve-se somente os ais, de uma dolente canção.
Que media entre a razão e a paixão que é premente.
Numa luta que cimente, um amor sem dimensão.
Pois na indecifrável paixão, há um amor emergente.
(Molivars).