Delica(te)ssen

Engenho o poema, saco todos os ingredientes ao léu,

E todos eles têm açúcares no ponto, nenhum excesso,

Depois bato meus pensamentos numa forma de papel,

Mexido a tinta da caneta, massa, um imo já expresso.

Lentamente invento palavras, letra por letra grudando,

Então as espalho em versos, figura bastante ordenada,

Com recheios e essências de mim, sempre espalhando,

Calor do cerne, inspiração aquecida em ode consumada.

Corto e recorto cantos aqui, corrijo pontas, e as aparo,

Doces rimas; eu sei, é possível que a todos não agrade,

Talvez eu encontre uma insensibilidade que o degrade.

Coberturas e glacês singulares, dispostos de jeito raro,

Receita de mim, confeitando poesia em suave estrutura,

Deguste-o ao máximo, misturado a calda de sua leitura.

Uberlândia MG

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

*Inspirado no poema: A Fábrica de Bruno Muniz

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 11/09/2015
Reeditado em 11/09/2015
Código do texto: T5378488
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