ETERNO ESQUECIMENTO
Quando eu morrer o céu se cobrirá
De nuvens e de lágrimas cinzentas,
Pois se tu, meu amor, me só lamentas,
Mais a minha alma triste ficará!
Vivo na angústia desta sorte má,
De inglórias e de horas pachorrentas,
Pois tu, amor, em nada me contentas,
Na minha solidão que chorará.
Alguém pode viver assim tão só,
De apenas desejar a própria morte
Do coração, que nem sequer é forte?
Pois de mim não pareces já ter dó,
E estou completamente em sofrimento
De ser em ti eterno esquecimento.
Ângelo Augusto