POMERANOS
POMERANOS
Recordo uma fazenda avarandada
E extensos cafezais ainda em flor,
Onde oito filhos vi, desde o menor,
Postados nos degraus d'alguma escada.
Tinham cabeça loura e arredondada
Um por um mais o pai, cujo primor
Era ir adivinhar do alpendre o humor
De quem lhes vinha longe pela estrada.
As mulheres, porém, de lindas tranças
Emoldurando suas faces brancas,
Enquanto me sorriam sempre francas.
Imagem na parede das lembranças,
Assim essa família e essa fazenda
Trago de coração sem que eu entenda.
Betim - 09 09 2015