Monstro
Há um monstro embaixo da cama
Imperceptível igual a um pedinte
Invisível, como um sujo na lama
Acredite, porém, que ele ali vive
Habita os pesares mais profundos
Em madrugadas tanto frias e longas
De nostalgias e pensares soturnos
Ao colocar a cabeça no travesseiro
O olhar despercebido falha em ver
Pois o monstro foge ao amanhecer
Deixa-o sozinho, à sorte do vento
Mas tenha nenhuma dúvida amigo
Que a próxima noite trará consigo
Um novo monstro pra te assombrar.