Cantar Lisboa II
Poeta e fadista
É madrugada o dia nascendo.
Últimos acordes na rua soa...
De andar trôpego vai percorrendo,
essas ruas da menina Lisboa.
Ao romper do dia descansa a alma;
Sua obrigação... o fado cantou.
Na tasca perto da rua da Palma,
deu amor... e a guitarra calou.
Últimos acordes é despedida,
afinou a voz no fado do rio;
Numa conquista da mulher perdida.
Nos versos do fado ele é arredio,
mas essa canção nunca foi a vida.
Porque o poeta... não é um vadio.
São Sebastião da Grama, 03/09/2015