SALTO!

O meu resto de vida é assim tão certo.
Quanto certo é meu dia inacabado.
Tal qual um inseto alfinetado sigo!
Preso a caixa de sonhos de um incauto.

Besouro, borboleta, mosca...
Todos voaram um dia e pronto.
Hoje ficam ali apregoados.
Por algum falso querubim!

E este ser que hediondo parece
Foi gente, foi feto, e fim!
Hoje preferiu esconder-se, ponto.


Este homem ou mulher que teceu
A trama da vida alheia, esquivou-se
Da missão sagrada e riu-se assim...
Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 08/09/2015
Reeditado em 08/09/2015
Código do texto: T5374835
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