PÉRIPLO
PÉRIPLO
Rodamos alta noite p’la cidade,
Seguindo, passionais, de extremo a extremo.
E assim todos os males que em mim temo
Vira eu subitamente em liberdade.
Tu e eu éramos ávida saudade
Feita de idas-e-vindas que alfazemo:
Como se o coração, senhor supremo,
Mudasse a percepção da realidade...
Tão variados humores e lugares
A ponto de perder em labirinto
Quem por ruas vazias busca azares
Ou sortes talvez... Amo-te, não minto.
Mas, se através da noite me levares,
Nada mais sei ou sou: Apenas sinto.
Belo Horizonte - 31 03 2014