MADRIGAIS
Nas manhãs da vida colhi versos.
Plantei-os no âmago do coração.
Abriram-se como flores, universos
de sentimentos, palpitantes, emoção.
Assim esparramados, eles serão
sonhos que não fenecem, o frescor
dos orvalhos, brotados da ilusão
alguém que viveu incansável, o amor...
Vagueiam... são saudades errantes
ou talvez, o reviver de madrigais...
Queria tê-los gerado, muito antes,
Quando viver era só encantamentos...
Hoje... nem tudo é assim. Tantos ais!
Felicidade tão breve... apenas momentos!