POBRE FORASTEIRO
Sou um pobre forasteiro andarilho,
Por aqui, de passagem tão somente;
Só tenho este corpo estrapilho,
Que, aos poucos, se esvai inutilmente.
Felicidade, amor, único filho...
Já tive até um nome influente,
Mas tudo já não tem o mesmo brilho,
Quando a morte se chega lentamente.
Nossa vida é só um sopro divino...
E pela porta entreaberta do destino
Passa o nobre e também passa o plebeu,
Pois mesmo ao homem mais abastado,
Tudo teve do que lhe foi emprestado
E o que tinha, de fato, nunca foi seu...