Amor
Oh paisagem, se és nuvem ou névoa,
Eu não consigo discernir,
Mas vejo aquela da qual não tenho mágoa;
Amando tudo o que de ti vir...
Se teus olhos estão ocupados com outro,
Eu não sinto enquanto vivo,
Mas na morte volto ao colo de ouro,
Pelos lindos cabelos da salvação, anjo quisto...
Por isso necessito do amor,
Mas não um amor submisso,
Mas um amor imortal...
Pois o amor não nos causa dor,
Ou morte, nisso insisto:
O amor é a velhice virginal...