Limite
Foge de mim. Afasta-te agora.
Culpe-me por amá-lo, eu mereço.
Vai. Acena breve e vai-te embora,
- nem mais uma palavra eu teço -
Liberta-te dos meus tolos pactos,
- dos meus conluios com o Diabo -
das minhas rendas e desses trapos,
do ódio que me vai do bico ao rabo.
Vai. Sai agora antes do anoitecer
- desamarre toda a possibilidade -
e me deixe ao veneno de morrer;
O meu amor já é vento de guinada,
é desvio de retidão e de saudade
e já dói em mim como uma cilada.