Que mais queres ó vida ! (soneto)
Que mais queres ó vida ! (soneto)
Que mais queres ó vida, deste ancião
Já mui fraco, sem ânimo e rugoso
Outrora enérgico, impetuoso,
Indomável coragem no coração,
Hoje, sem forças, curte o desengano
Dos dias que fogoso se sentia.
Vejo agora, que d’nada me servia
Indumentária social, ou de cigano
Findou o encantamento que dispunha
Quando jovem, alegre, prazenteiro
Tinha o bolso recheado de dinheiro
Hoje, vazio, como vazia sua alma
Seu ímpeto, seu alento; agora é calma,
Antes, nenhuma, àqueles se antepunha !
Porangaba, 18/07/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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