A FÉ DA FALSIDADE
Não tenho fé no Deus dos homens bons,
Nem no dos homens maus aqui na terra,
Pois a ferida aberta sempre encerra
Em vãos conflitos de distintos sons.
As vãs religiões mantêm os tons
Diversos, para o mundo entrar em guerra,
Tal como uma criança que só berra
Na fútil luta por comer bombons!
Deus suporta um negócio lucrativo,
Embora dele já me então esquivo,
Porque não sou um homem de olhos cegos...
Pois enganada vive a humanidade
Quase toda, na fé da falsidade,
Como moscas sugadas por morcegos!
Ângelo Augusto