Meu direito de ficar calado

Assim que eu for julgado vou calar-me;

O silêncio será minha resposta;

Nada dizer será a minha aposta,

Para que nada possa condenar-me.

Para a justiça eu vou virar as costas;

Não vou fazer barulho, nem alarme;

Não quero que nenhum juiz desarme

Essa minha estratégia tão disposta.

Que importa se a atitude for canalha,

Meu verbo, a minha voz será oculta,

Pois a verdade dita me emporcalha.

Eu sei que esse silêncio agride, insulta...

Pode até consentir a minha falha,

Jamais vai delatar a minha culpa!

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 02/09/2015
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