Meu direito de ficar calado
Assim que eu for julgado vou calar-me;
O silêncio será minha resposta;
Nada dizer será a minha aposta,
Para que nada possa condenar-me.
Para a justiça eu vou virar as costas;
Não vou fazer barulho, nem alarme;
Não quero que nenhum juiz desarme
Essa minha estratégia tão disposta.
Que importa se a atitude for canalha,
Meu verbo, a minha voz será oculta,
Pois a verdade dita me emporcalha.
Eu sei que esse silêncio agride, insulta...
Pode até consentir a minha falha,
Jamais vai delatar a minha culpa!