Os doentios IV
IV
Ao zumbi do coração,
Para o amor vilipêndio ao escarlate,
O doce coração - é a dor do instinto...
Cismas visceralmente o horror que eu sinto!
Porque eu hei de perder-te com embate.
Num peito funerário do corte hirto,
Come a carne em carniça à tua guerra
Com maior digestão que o corpo enterra,
Moro no cemitério e eu me divirto.
Um grande desamor que nos aparte.
Viste a tripa do cabo onde sangraste
Entre o ser sanguinário no chão da haste,
Que nunca amas! É o vil furor da parte!...
Sou tísico no corpo e no velho osso
Que o meu beijo te sangra em cuspe grosso.
Autor: Lucas Munhoz - (02/09/2015)