Soneto Surreal
Ventos anunciando o tormento,
Águas que surgem ao rebento,
Olhares entrelaçados e atentos,
Miram os campos ao relento.
As evoluções se fazem sentir,
Como um rio caudaloso a fluir,
Simples suspiros irá extorquir,
Da face trigueira que volta a sorrir,
E o sol astro rei que habita os céus,
Lá do alto da sua imponência suprema,
Trás luz as mentes com seus raios de mel.
E os seus olhos tristes rasos d’água,
Retratam a dor e a profunda mágoa,
Que no peito faz a sua tenra morada.