Se Morrer a Poesia...

Se por tragédia morrer a poesia

Murcham-se os jardins, secam-se as rosas

As violetas, tão meigas, cheirosas

Não exalam perfumes ao raiar o dia.

Morre o poeta, e com ele a alegria

Caem as estrelas, se dissipa a lua

Calam-se todos os bandolins da rua

Morrem os boêmios, morrendo a poesia.

Os violões em frente às janelas

Ficarão mudos, caem em nostalgia

E sofrerão em pranto as donzelas...

Aos quatro cantos choram em agonia.

Transformar-se-á o amor em mazelas

Finda-se o mundo morrendo a poesia.

Poeta do Riacho
Enviado por Poeta do Riacho em 31/08/2015
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