Lua de papel
No caderno dos meus dias sempre escrevo,
Coisas belas e também algumas bobagens,
Há algumas depressões, também há relevo,
Esparjo perfumes no caminho em viagens.
Desenho com lápis de cores meus abraços,
E em alvejada paz coloro toda a cavidade,
Os meus beijos eu ato em vermelho: laços,
Risco as minhas atitudes com a sobriedade.
Meu céu é índigo; entardeceres alaranjados,
Com matizes vivas meu coração é grafado,
E na minha alma tem um arco-íris esboçado.
Pintei com pingos de estrelas meus telhados,
No meu silêncio notívago noto tudo de perto,
Recortei a lua de papel, “flicts” no meu teto.
Uberlândia MG
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