EM MEMÓRIA DE JOÃOZINHO E TETÉ

É meu Caia, se hoje te verso é de saudade
Evaporando no intenso calor dessa concretude  
Que faz arremeter-me à matreira juventude 

Para sentir de novo o teu cheiro de liberdade

Refrescar-me nos teus igarapés de felicidade 
Em tuas gélidas águas e terras de negritude 
Onde Joãozinho e Teté viveram até a finitude 
Mas os guardiões agora dormem na eternidade 

Ah, meu Lago do Caia espero um dia te rever
Lá quero me fartar com um tambaqui assado 

Farinha, tucupi e suco de puruí quero beber

Amazonas! O nosso elo é umbilical, é sagrado
Quero para sempre em meus versos te tecer
Como se tece uma tarrafa com amor e cuidado


Nota: Este  poema é dedicado em memória de -  Joãzinho & Teté

Joãozinho - João Araújo de Albuquerque
Teté - Cecília  Etelvina de Ribeiro


( Fábio Ribeiro - Agosto/2015)



Crédito de Imamgem:
Anddreas Valetim
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